Sempre gostei de fazer origami.
Lembro que na escola em que estudava eu fazia origami no meio da aula...é claro que não se deve fazer essas coisas, mas eu não via muita graça em prestar atenção no que diziam... principalmente em aulas de história e geografia... acho que deve ser por isso que não me lembro as capitais dos paises no mundo....
Comecei a fazer origami desde quando era criança, nem sei ao certo em que idade comecei a dobrar o papel direito...
Com o passar dos anos e a coordenação motora eu fui aprendendo mais coisas e dobraduras mais sofisticadas.
Fiquei fascinada com as dobraduras que eram de encaixes, que formavam figuras geométricas.
Mas o tempo passou e quando se estuda demais, começa a deixar alguns hobbies de lado e se foca em outros que são mais fáceis.
Lembro que deixei de fazer muitos origamis quando comecei a faculdade, foi nesse momento que comecei a ler mais livros.
Depois que me formei fui para o Japão por uma bolsa de estudos e é claro tive contato com o origami de novo, mas não fazia muito.
Voltei e comecei a trabalhar. Na empresa fizeram uma competição para enfeitar os setores e é claro que foi sugerido fazer origami.
Fizemos alguns e o setor "ganhou" a competição.
Passados 3 anos eu deixei a empresa e fui ao Japão. começamos a trabalhar com uma NPO japonesa e voltamos para a America Latina.
Fui para cidades do interior e mais uma vez tive contato com o origami.
Mas dessa vez foi um pouco diferente, eram jovens que gostavam da cultura japonesa. No primeiro momento fiz uma palestra sobre os costumes japoneses, mas depois comecei a ensinar, de forma voluntária, o origami.
Os alunos adoraram e a cada vez que visitavam a cidade queriam aprender mais e mais.
Eu comecei a estudar e buscar na internet modelos diferentes e coisas que pudessem desafiá-los.
Mas dois dos alunos se esforçaram tanto que ganharam competições de origami entre as escolas locais.
E mais conseguiram abrir clubes de origami e até um trabalho temporário para transmitirem o conhecimento.
Fiquei muito feliz e orgulhosa.
Principalmente por saber que algo tão simples poderia mudar a vida de algumas pessoas.
Hoje em dia eles podem colher os frutos de seus esforços e dedicação.
Obrigada por mostrarem que com coisas simples se pode fazer muito e abrir inúmeras portas.
Não percam as oportunidades que aparecem e sabem que sempre poderão contar comigo.
Tenho muita sorte em poder tê-los conhecido e poder fazer parte dessa história tão bonita que estão construindo.
11/08/2011
10/29/2011
Filha
A minha filhinha nasceu no Japão, mas não é japonesa.
No Japão não se dá a nacionalidade por nascimento em território, mas sim por linha de sangue.
E como o meu pai não colocou a gente como japonês, a minha filha não poderia ser japonesa.
Não que isso faça alguma diferença no mundo atual.
É claro que com o passaporte japonês as pessoas não precisariam de visto para quase nenhum pa´si quando fossem viajar. Facilitaria algumas coisas, mas não moldaria a personalidade e carater.
Desde pequena se acostumou a ouvir mais a língua japonesa. E gostaríamos de manter isso.
Que ela saiba de que país vieram seus bisavós e que fale a língua que eles falavam.
Mas não podemos nos esquecer também que, devido as oportunidades no mundo, seria bom ela aprender outras línguas também.
Seria bom que ela aprendesse a respeitar a vida de todos os seres, que ela saiba dar valor a natureza e as coisas simples.
Não gostaria muito que ela pensasse somente em ganhar dinheiro e ficar cega por querer consumir tudo. Seria bem melhor se ela pudesse aprender a viver de uma forma mais tranquila e mais equilibrada.
E trabalhar naquilo que o seu coração lhe disser, por mais que não ganhe dinheiro, mas que ela possa ser feliz fazendo o que gosta.
Desejo a ela que aprenda algumas coisas na escola, mas que saiba que o melhor que pode fazer é conquistar os amigos.
Pois tudo o que aprendemos fica em algum lugar do nosso cerebro, e usamos bem pouco toda informação. Mas as amizades que ganhamos ficam para a vida toda e temos em todos os momentos.
Que ela aprenda a saber ouvir mais do que falar, que possa ajudar as pessoas ao mostrar que todas as situações possuem diferentes pontos de vista. E, pode parecer impossível, mas todas as pessoas podem estar certas de alguma forma.
Que ela descubra que quando o mundo parece acabar e nada dá certo, sempre poderá sair dessa situação com um pouco de criatividade ou humildade.
Muitas vezes erramos, mas não é vergonha aceitar o erro e pedir desculpas.
Acredito que na vida aprendemos com os nossos erros, mas também aprendemos com os erros dos outros.
Que isso possa servir de lição para que ela consiga crescer pessoalmente.
Gostaria mais do que tudo que ela confiasse na família e que se sentisse livre para poder conversar sobre todos os assuntos, sem se sentir envergonhada e sem ter preconceitos.
Todos temos idéias diferentes e curiosidades. Não há nada de errado perguntar e querer aprender.
Muitas pessoas pelos tabus impostos pela sociedade acabam discriminando os filhos por determinados pensamentos que possuem.
Poucas pessoas percebem que, de repente, os filhos não possuem uma outra pessoa coom quem tratar tal assunto e ao buscar a família é reprendido. Ficando sem amigos com quem conversar.
A família, do meu ponto de vista, deveria ser o campo mais neutro e seguro que qualquer parente pudesse falar sobre seus medos, desejos e ideais. Compartindo esses momentos e pensamentos as pessoas seriam capazes de conhecer mais uns aos outros e poder libertá-los desses pensamentos.
Talvez se os pais fossem capazes de conversar com seus filhos e mostrar compreensão às pessoas seriam menos frustradas e mais criativas e seguras.
No Japão não se dá a nacionalidade por nascimento em território, mas sim por linha de sangue.
E como o meu pai não colocou a gente como japonês, a minha filha não poderia ser japonesa.
Não que isso faça alguma diferença no mundo atual.
É claro que com o passaporte japonês as pessoas não precisariam de visto para quase nenhum pa´si quando fossem viajar. Facilitaria algumas coisas, mas não moldaria a personalidade e carater.
Desde pequena se acostumou a ouvir mais a língua japonesa. E gostaríamos de manter isso.
Que ela saiba de que país vieram seus bisavós e que fale a língua que eles falavam.
Mas não podemos nos esquecer também que, devido as oportunidades no mundo, seria bom ela aprender outras línguas também.
Seria bom que ela aprendesse a respeitar a vida de todos os seres, que ela saiba dar valor a natureza e as coisas simples.
Não gostaria muito que ela pensasse somente em ganhar dinheiro e ficar cega por querer consumir tudo. Seria bem melhor se ela pudesse aprender a viver de uma forma mais tranquila e mais equilibrada.
E trabalhar naquilo que o seu coração lhe disser, por mais que não ganhe dinheiro, mas que ela possa ser feliz fazendo o que gosta.
Desejo a ela que aprenda algumas coisas na escola, mas que saiba que o melhor que pode fazer é conquistar os amigos.
Pois tudo o que aprendemos fica em algum lugar do nosso cerebro, e usamos bem pouco toda informação. Mas as amizades que ganhamos ficam para a vida toda e temos em todos os momentos.
Que ela aprenda a saber ouvir mais do que falar, que possa ajudar as pessoas ao mostrar que todas as situações possuem diferentes pontos de vista. E, pode parecer impossível, mas todas as pessoas podem estar certas de alguma forma.
Que ela descubra que quando o mundo parece acabar e nada dá certo, sempre poderá sair dessa situação com um pouco de criatividade ou humildade.
Muitas vezes erramos, mas não é vergonha aceitar o erro e pedir desculpas.
Acredito que na vida aprendemos com os nossos erros, mas também aprendemos com os erros dos outros.
Que isso possa servir de lição para que ela consiga crescer pessoalmente.
Gostaria mais do que tudo que ela confiasse na família e que se sentisse livre para poder conversar sobre todos os assuntos, sem se sentir envergonhada e sem ter preconceitos.
Todos temos idéias diferentes e curiosidades. Não há nada de errado perguntar e querer aprender.
Muitas pessoas pelos tabus impostos pela sociedade acabam discriminando os filhos por determinados pensamentos que possuem.
Poucas pessoas percebem que, de repente, os filhos não possuem uma outra pessoa coom quem tratar tal assunto e ao buscar a família é reprendido. Ficando sem amigos com quem conversar.
A família, do meu ponto de vista, deveria ser o campo mais neutro e seguro que qualquer parente pudesse falar sobre seus medos, desejos e ideais. Compartindo esses momentos e pensamentos as pessoas seriam capazes de conhecer mais uns aos outros e poder libertá-los desses pensamentos.
Talvez se os pais fossem capazes de conversar com seus filhos e mostrar compreensão às pessoas seriam menos frustradas e mais criativas e seguras.
Casamento
"Sempre tinha o sonho de entrar em uma igreja vestida de branco."
Acho que normalmente é essa a frase que ouvimos quando perguntamos as pessoas como gostariam de se casar.
Na verdade eu até imaginava essa cena... o que eu imaginava era o seguinte.
A música tocando ao fundo.
A porta abrindo.
Eu entrando de braços dados com o meu pai, as pessoas me olhando e sorrindo para mim.
Caminho tensa e nervosa até o altar, aonde está o meu futuro marido.
Ele segura a minha mão e me guia até a frente do padre.
O padre fala todas as coisas típicas de um casamento.
E no momento de dizer sim... aparece alguém e grita:"-Parem. Você não pode se casar com ele, eu te amo!!!"
Era estranho ter esses pensamentos quando eu estava namorando outra pessoa. Era estranho imaginar o grande amor da minha vida fazendo isso na frente de todos. Mas sim, eu imaginava.
Imagiva que ele viria por mim e diria que me amava, que gostaria de passar toda a sua vida ao meu lado.
Esse era o meu sonho... acho que poucas pessoas pensam em casamentos assim, mesmo por que uma pessoa não vai concordar em se casar com outra sendo que sabe que o seu coração pertence não pertence a ela.
Na verdade eu acho que muitas pessoas tem a certeza que o seu grande amor é impossível e por isso se casam com aquelas que gostam dela.
Eu sabia que gostava muito de alguém, mas não conseguia ver como era possível a gente ficar juntos.
Até que arrisquei tudo e fui ao encontro dele.
Eu estava insegura e com medo, mas tinha que saber se deveria esperá-lo ou se deveria esquecê-lo.
Acho que foi uma das loucuras que fiz na vida.
Ao encontrá-lo eu perguntei:"- Você quer ficar comigo para sempre?"
É claro que ele como toda pessoa normal achou estranha a pergunta e não respondeu de imediato.
Iríamos ficar 3 dias juntos. Eu deixei ele pensar na resposta. E no último dia eu perguntei novamente.
Ele queria fugir, mas eu disse que fui para buscar essa resposta e se ele se calasse eu tomaria como sendo um não.
Ele pensou por mais um momento e então respondeu:"-Gostaria de tentar."
Nesse momento o meu coração parou. Vibrei. Queria gritar de alegria.
O meu mundo se tornou mais perfeito, tudo era cor de rosa. Nada mais me importava.
Foi um instante de pura alegria.
É claro que depois tivemos que nos separar e aprender muitas coisas enquanto estavámos distante.
Mas não me importava, pois no fundo eu já sabia que iríamos nos encontrar e que ele gostava de mim.
A minha visão de casamento mudou um pouco. Já não me via mais entrando em uma igreja.
Sei que meus pais ficariam contentes se isso acontecesse, se eu me casasse de branco, mas eu não me via assim.
Preferia um casamento mais aberto, em meio a natureza.
No final das contas acabei casando somente no papel. Mas fomos passear e jantar em um lugar extremamente bonito e delicioso. Foi um dia perfeito.
Não acredito muito que por assinar um papel a pessoa deveria se comprometer em viver juntos pelo resto da vida, mesmo por que no Japão os casamentos precisam ser registrados na prefeitura da cidade e nem sempre o noivo e a noiva precisam estar presente. Basta que o documento tenha a assinatura dos dois e já está bom.
É claro que no meu caso nós dois fomos para a prefeitura, mais pelo costume da América latina, creio.
As pessoas deveriam estar juntas pelo fato de se amarem, confiarem e aproveitarem o tempo juntos e não pelo fato de ser uma obrigação.
Precisamos aprender que compartilhamos um caminho juntos e não que seguimos ou queremos que o outro siga nossos passos. Compartilhamos as idéias, os momentos as aventuras e desfrutamos de tudo.
Acho que normalmente é essa a frase que ouvimos quando perguntamos as pessoas como gostariam de se casar.
Na verdade eu até imaginava essa cena... o que eu imaginava era o seguinte.
A música tocando ao fundo.
A porta abrindo.
Eu entrando de braços dados com o meu pai, as pessoas me olhando e sorrindo para mim.
Caminho tensa e nervosa até o altar, aonde está o meu futuro marido.
Ele segura a minha mão e me guia até a frente do padre.
O padre fala todas as coisas típicas de um casamento.
E no momento de dizer sim... aparece alguém e grita:"-Parem. Você não pode se casar com ele, eu te amo!!!"
Era estranho ter esses pensamentos quando eu estava namorando outra pessoa. Era estranho imaginar o grande amor da minha vida fazendo isso na frente de todos. Mas sim, eu imaginava.
Imagiva que ele viria por mim e diria que me amava, que gostaria de passar toda a sua vida ao meu lado.
Esse era o meu sonho... acho que poucas pessoas pensam em casamentos assim, mesmo por que uma pessoa não vai concordar em se casar com outra sendo que sabe que o seu coração pertence não pertence a ela.
Na verdade eu acho que muitas pessoas tem a certeza que o seu grande amor é impossível e por isso se casam com aquelas que gostam dela.
Eu sabia que gostava muito de alguém, mas não conseguia ver como era possível a gente ficar juntos.
Até que arrisquei tudo e fui ao encontro dele.
Eu estava insegura e com medo, mas tinha que saber se deveria esperá-lo ou se deveria esquecê-lo.
Acho que foi uma das loucuras que fiz na vida.
Ao encontrá-lo eu perguntei:"- Você quer ficar comigo para sempre?"
É claro que ele como toda pessoa normal achou estranha a pergunta e não respondeu de imediato.
Iríamos ficar 3 dias juntos. Eu deixei ele pensar na resposta. E no último dia eu perguntei novamente.
Ele queria fugir, mas eu disse que fui para buscar essa resposta e se ele se calasse eu tomaria como sendo um não.
Ele pensou por mais um momento e então respondeu:"-Gostaria de tentar."
Nesse momento o meu coração parou. Vibrei. Queria gritar de alegria.
O meu mundo se tornou mais perfeito, tudo era cor de rosa. Nada mais me importava.
Foi um instante de pura alegria.
É claro que depois tivemos que nos separar e aprender muitas coisas enquanto estavámos distante.
Mas não me importava, pois no fundo eu já sabia que iríamos nos encontrar e que ele gostava de mim.
A minha visão de casamento mudou um pouco. Já não me via mais entrando em uma igreja.
Sei que meus pais ficariam contentes se isso acontecesse, se eu me casasse de branco, mas eu não me via assim.
Preferia um casamento mais aberto, em meio a natureza.
No final das contas acabei casando somente no papel. Mas fomos passear e jantar em um lugar extremamente bonito e delicioso. Foi um dia perfeito.
Não acredito muito que por assinar um papel a pessoa deveria se comprometer em viver juntos pelo resto da vida, mesmo por que no Japão os casamentos precisam ser registrados na prefeitura da cidade e nem sempre o noivo e a noiva precisam estar presente. Basta que o documento tenha a assinatura dos dois e já está bom.
É claro que no meu caso nós dois fomos para a prefeitura, mais pelo costume da América latina, creio.
As pessoas deveriam estar juntas pelo fato de se amarem, confiarem e aproveitarem o tempo juntos e não pelo fato de ser uma obrigação.
Precisamos aprender que compartilhamos um caminho juntos e não que seguimos ou queremos que o outro siga nossos passos. Compartilhamos as idéias, os momentos as aventuras e desfrutamos de tudo.
Desafios
Durante a nossa vida passamos por muitos desafios.
Acredito que o primeiro desafio de todos é o nascimento.
Saímos de um lugar tranquilo e quentinho, para um lugar frio e barulhento.
Começamos a ter fome, a luz e o barulho nos incomodam.
Nascemos para ter os desafios, nascemos para apreender com os desafios.
Acredito que o meu segundo desafio foi quando fiquei doente. Era muito pequena, 1 ou 2 anos. Algo que nunca soube bem ao certo como aconteceu ou o que foi que passou.
O fato é que fiquei por um tempo, não sei quanto, no hospital em vida vegetativa. Havia algo em minha cabeça...mas que não podia ser operado, tinham que esperar passar.
Não consigo imaginar a dor que meus pais passaram. Em uma situação que não conseguem fazer nada para salvar sua filha. O dinheiro não ajuda. Só restava esperar e rezar para que consiga se recuperar.
Acho que foi um desafio para os meus pais também.
Consegui me recuperar e sem sequelas, ao que parece até os dias atuais.
Os outros desafios são mais básicos. A sociedade te coloca que você precisa estudar. Então voc~e começa a ir na escola e aprender um monte de coisas.
O desafio é conseguir as notas que precisa para se graduar.
Depois você tem o desafio de entrar em uma universidade para ser alguém na vida.
Você entra na universidade e precisa estudar para conseguir o diploma.
Você consegue o diploma e se vê na corrida para conseguir um emprego.
No meu caso eu consegui uma bolsa de estudos no Japão.
Por ser descentente de japoneses participava de uma Associação da província em que meus avós nasceram.
Fui para o Japão para estar como estagiária em um Hotel Internacional e ter mais conhecimentos.
O desafio era conseguir me comunicar todos os dias em linguagem formal, sendo que não sabia falar japonês direito.
Sempre gostei da língua japonesa, mas nunca me ví estudando. Foi aí que tive que aprender sim ou sim. É claro que algumas coisas básicas você sabe, afinal de contas a minha família era de descendentes.
A época em que estive no Japão me mostrou diferentes formas de pensar e conheci muitas pessoas.
Tomei muitas decisões que poderiam mudar a minha vida.
Os desafios foram muitos, mas consegui superá-los um a um, aos poucos.
Quando voltei ao Brasil encontrei com a minha família.
E logo mais desafios.
Assim que pisei em solo Brasileiro o meu pai me disse que daquele momento em diante eu teria que me sustentar sozinha. É claro que ele não me expulsou de casa, mas financeiramente eu teria que me sustentar. Nos meus próprios gastos.
Em esse momento tive dois pensamentos. Um por estar grata na confiança que tinha que eu poderia caminhar sozinha e o outro considerava um pouco injusto a sua decisão, pois tinha recém voltado do Japão e não tinha emprego e nem nada.
Comecei a procurar um emprego e no final daquele ano consegui.
Comecei a trabalhar na área de turismo. Uma área em que eu não estava acostumada, mas tinha muita curiosidade em saber como era o outro lado, como que os hóspedes e eventos chegavam até o hotel. Essa era a chance.
Desafio por desafio fui aprendendo e conquistando meu espaço dentro da empresa.
Foram 3 ótimos anos vividos, mas no final do terceiro ano eu já me sentia esgotada.
Sabia que não era o serviço que gostaria para o resto da minha vida e que era tempo de mudar.
Resolvi me demitir e buscar novos projetos.
Fui para o Japão como trabalho temporário, era um trabalho em uma fábrica por três meses.
Esperava que no final do terceiro mês eu já tivesse descoberto o que gostaria de fazer na vida.
Tive que trabalhar 12 horas por dia corridos... revezando entre trabalhos diurnos e noturnos.
Duas semanas trabalhando das 8 as 8 da manhã e duas semanas das 8 as 8 da noite.
Conheci muitas pessoas que gostariam que eu escrevesse um livro sobre a vida que levam no Japão e a situação em que se encontram.
Quando o período do contrato terminou eu ainda não sabia o que fazer. Isso me deixou um pouco desanimada, pois estava sem rumo.
Foi então que um belo dia, eu entrei em pânico. Senti um pânico tão grande que não conseguia estar em lugares fechados, não conseguia caminhar, não conseguia fazer nada. Estava tão frágil.
Nunca tinha passado por uma situação de pânico tão forte.
Esse era meu novo desafio, atravesar por essa fase.
Comecei dizendo para mim mesma que não podia viver dentro da casa, que eventualmente teria que sair.
No começo foi complidado e difícil, mas aos poucos comecei a ir em lugares que esatavam perto da casa. Fui a parques, shoppings e templos.
Depois comecei a ir em lugares mais longe, já conseguia estar dentro do metro, elevador.
Nesse período veio uma proposta de ir ao Peru, fazer um trabalho de pesquisa.
Dúvidei um pouco, não sabia se estava preparada ou não. Mas depois aceitei a proposta.
Não conseguia me imaginar dentro de um avião por tanto tempo, afinal de contas faria a viagem do Japão ao Brasil e de aí ao Peru.
Seriam mais de 30 horas de vôo. No começo eu juntei toda força que tinha, me concentrei em outra coisa, mas depois que se passa algumas horas, você acaba ficando tão cansado de não fazer nada no avião que se esquece de tudo.
A viagem no Peru foi tranquila, andei de hidroavião, quase morri de medo.
Despois passei uma temporada no Brasil com a família e amigos. E então resolvi ir ao Japão para morar por um tempo.
Mais horas de vôos intermináveis.
Chegando ao Japão tinha que procurar um emprego.
Comecei a trabalhar em uma cadeia de sanduiches, não era o emprego que todos esperavam que eu fosse fazer, mas eu estava feliz por conseguir um emprego em um país que não era o meu e por ter alguma forma de renda.
É claro que o tempo passa e você quer construir uma família.
Fiquei grávida e decidimos ter o bebê no Japão. Fiquei um tanto insegura, não sabia como faziam as coisas por lá.
O médico foi atencioso e parecia bem tranquilo. Isso me deu um pouco de paz e o parto foi natural.
Depois de um tempo nos mudamos para o Peru, devido aos projetos que tinhamos.
E novo desafio, nova língua, novas pessoas.
A fase de adaptação durou uns meses, tinha que me habituar aos costumes e a forma de vida.
Mas atéo momento todas as coisas caminham bem.
Os desafios aparecem na nossa vida não para que tenhamos medo deles, mas para que tenhamos coragem de enfrentá-los e crescer como pessoas.
Cada desafio tras um aprendizado diferente e nos faz descobrir mais sobre nós mesmos.
Tenha a coragem de lutar por aquilo que acredita e vencer os obstáculos da vida.
Acredito que o primeiro desafio de todos é o nascimento.
Saímos de um lugar tranquilo e quentinho, para um lugar frio e barulhento.
Começamos a ter fome, a luz e o barulho nos incomodam.
Nascemos para ter os desafios, nascemos para apreender com os desafios.
Acredito que o meu segundo desafio foi quando fiquei doente. Era muito pequena, 1 ou 2 anos. Algo que nunca soube bem ao certo como aconteceu ou o que foi que passou.
O fato é que fiquei por um tempo, não sei quanto, no hospital em vida vegetativa. Havia algo em minha cabeça...mas que não podia ser operado, tinham que esperar passar.
Não consigo imaginar a dor que meus pais passaram. Em uma situação que não conseguem fazer nada para salvar sua filha. O dinheiro não ajuda. Só restava esperar e rezar para que consiga se recuperar.
Acho que foi um desafio para os meus pais também.
Consegui me recuperar e sem sequelas, ao que parece até os dias atuais.
Os outros desafios são mais básicos. A sociedade te coloca que você precisa estudar. Então voc~e começa a ir na escola e aprender um monte de coisas.
O desafio é conseguir as notas que precisa para se graduar.
Depois você tem o desafio de entrar em uma universidade para ser alguém na vida.
Você entra na universidade e precisa estudar para conseguir o diploma.
Você consegue o diploma e se vê na corrida para conseguir um emprego.
No meu caso eu consegui uma bolsa de estudos no Japão.
Por ser descentente de japoneses participava de uma Associação da província em que meus avós nasceram.
Fui para o Japão para estar como estagiária em um Hotel Internacional e ter mais conhecimentos.
O desafio era conseguir me comunicar todos os dias em linguagem formal, sendo que não sabia falar japonês direito.
Sempre gostei da língua japonesa, mas nunca me ví estudando. Foi aí que tive que aprender sim ou sim. É claro que algumas coisas básicas você sabe, afinal de contas a minha família era de descendentes.
A época em que estive no Japão me mostrou diferentes formas de pensar e conheci muitas pessoas.
Tomei muitas decisões que poderiam mudar a minha vida.
Os desafios foram muitos, mas consegui superá-los um a um, aos poucos.
Quando voltei ao Brasil encontrei com a minha família.
E logo mais desafios.
Assim que pisei em solo Brasileiro o meu pai me disse que daquele momento em diante eu teria que me sustentar sozinha. É claro que ele não me expulsou de casa, mas financeiramente eu teria que me sustentar. Nos meus próprios gastos.
Em esse momento tive dois pensamentos. Um por estar grata na confiança que tinha que eu poderia caminhar sozinha e o outro considerava um pouco injusto a sua decisão, pois tinha recém voltado do Japão e não tinha emprego e nem nada.
Comecei a procurar um emprego e no final daquele ano consegui.
Comecei a trabalhar na área de turismo. Uma área em que eu não estava acostumada, mas tinha muita curiosidade em saber como era o outro lado, como que os hóspedes e eventos chegavam até o hotel. Essa era a chance.
Desafio por desafio fui aprendendo e conquistando meu espaço dentro da empresa.
Foram 3 ótimos anos vividos, mas no final do terceiro ano eu já me sentia esgotada.
Sabia que não era o serviço que gostaria para o resto da minha vida e que era tempo de mudar.
Resolvi me demitir e buscar novos projetos.
Fui para o Japão como trabalho temporário, era um trabalho em uma fábrica por três meses.
Esperava que no final do terceiro mês eu já tivesse descoberto o que gostaria de fazer na vida.
Tive que trabalhar 12 horas por dia corridos... revezando entre trabalhos diurnos e noturnos.
Duas semanas trabalhando das 8 as 8 da manhã e duas semanas das 8 as 8 da noite.
Conheci muitas pessoas que gostariam que eu escrevesse um livro sobre a vida que levam no Japão e a situação em que se encontram.
Quando o período do contrato terminou eu ainda não sabia o que fazer. Isso me deixou um pouco desanimada, pois estava sem rumo.
Foi então que um belo dia, eu entrei em pânico. Senti um pânico tão grande que não conseguia estar em lugares fechados, não conseguia caminhar, não conseguia fazer nada. Estava tão frágil.
Nunca tinha passado por uma situação de pânico tão forte.
Esse era meu novo desafio, atravesar por essa fase.
Comecei dizendo para mim mesma que não podia viver dentro da casa, que eventualmente teria que sair.
No começo foi complidado e difícil, mas aos poucos comecei a ir em lugares que esatavam perto da casa. Fui a parques, shoppings e templos.
Depois comecei a ir em lugares mais longe, já conseguia estar dentro do metro, elevador.
Nesse período veio uma proposta de ir ao Peru, fazer um trabalho de pesquisa.
Dúvidei um pouco, não sabia se estava preparada ou não. Mas depois aceitei a proposta.
Não conseguia me imaginar dentro de um avião por tanto tempo, afinal de contas faria a viagem do Japão ao Brasil e de aí ao Peru.
Seriam mais de 30 horas de vôo. No começo eu juntei toda força que tinha, me concentrei em outra coisa, mas depois que se passa algumas horas, você acaba ficando tão cansado de não fazer nada no avião que se esquece de tudo.
A viagem no Peru foi tranquila, andei de hidroavião, quase morri de medo.
Despois passei uma temporada no Brasil com a família e amigos. E então resolvi ir ao Japão para morar por um tempo.
Mais horas de vôos intermináveis.
Chegando ao Japão tinha que procurar um emprego.
Comecei a trabalhar em uma cadeia de sanduiches, não era o emprego que todos esperavam que eu fosse fazer, mas eu estava feliz por conseguir um emprego em um país que não era o meu e por ter alguma forma de renda.
É claro que o tempo passa e você quer construir uma família.
Fiquei grávida e decidimos ter o bebê no Japão. Fiquei um tanto insegura, não sabia como faziam as coisas por lá.
O médico foi atencioso e parecia bem tranquilo. Isso me deu um pouco de paz e o parto foi natural.
Depois de um tempo nos mudamos para o Peru, devido aos projetos que tinhamos.
E novo desafio, nova língua, novas pessoas.
A fase de adaptação durou uns meses, tinha que me habituar aos costumes e a forma de vida.
Mas atéo momento todas as coisas caminham bem.
Os desafios aparecem na nossa vida não para que tenhamos medo deles, mas para que tenhamos coragem de enfrentá-los e crescer como pessoas.
Cada desafio tras um aprendizado diferente e nos faz descobrir mais sobre nós mesmos.
Tenha a coragem de lutar por aquilo que acredita e vencer os obstáculos da vida.
10/28/2011
Japao
Aqui começam as mudanças na minha vida.
Decidi ir morar no Japão, depois de me demmitir de um emprego de 3 anos que estava me deixando louca.
No Japão encontrei com uma pessoa que eu gostava bastante, mas não sabia se era retribuida da mesma forma.
Então fui ver o que acontecia.
Nos encontramos algumas vezes quando eu tinha folgas do serviço e, como o termo mais atual diz, estavamos ficando. É claro que eu gostava bastante dele, mas não queria forçar as coisas e pedi-lo em namoro, seria mais romântico se ele me pedisse, certo?
Então deixei que o tempo decidice quando era o momento em que ele se sentiria seguro para tal coisa.
Combinamos de nos encontrar para passear um pouco, eu estava com a mochila de roupas, pois iríamos passar a virada de ano na casa de sua tia.
Deixamos as malas nos guarda-volumes da estação de metro e fomos passear um pouco.
Em um momento ele me abraçou e começamos a conversar.
Achei o momento bem mágico, conversamos sobre muitas coisas. E no meio de toda essa conversa tivemos um momento de silêncio.
Foi então que ele me olhou nos olhos e sorridente me perguntou:"-Você quer namorar comigo?".
Não tive reação por alguns segundos, não podia acreditar no que estava acontecendo.
E depois de processar toda a informação respondi que sim.
Ele ao ver a minha reação me perguntou o que havia acontecido. E eu disse que não acreditava que estava me pedindo em namoro. Mesmo por que os antigos namorados demoravam como 3 meses para pensarem em pedir.
Começamos a namorar oficialmente. Fiquei muito feliz.
Nesse meio tempo descobri que ele é o amor da minha vida e que espero poder caminhar ao seu lado por muito tempo.
O tempo passou e resolvemos ter uma filhinha. Não pensamos em nos casar, mesmo por que as famílias estavam muito longe para fazermos festas ou coisa parecida. Deixamos as coisas assim.
Engravidei e resolvemos ter o bebê no Japão, por muito motivos.
Contamos as nossas famílias, que ficaram surpresas e contentes.
Decidimos nos casar um mês antes da bebê nascer, por motivos de papéis que tinhamos que preencher. Foi um casamento simples, mas não me importava. Estava muito feliz.
A bebê nasceu e juntamos as famílias no Japão, país de nossos antepassados.
Viva cada momento de sua vida. Acredite no seu coração, pois ele sabe o que deve ser feito e o caminho que você deve seguir, por mais difícil que pareça, se as coisas caminham rápido e sem barreiras, só pode ser o caminho certo.
Decidi ir morar no Japão, depois de me demmitir de um emprego de 3 anos que estava me deixando louca.
No Japão encontrei com uma pessoa que eu gostava bastante, mas não sabia se era retribuida da mesma forma.
Então fui ver o que acontecia.
Nos encontramos algumas vezes quando eu tinha folgas do serviço e, como o termo mais atual diz, estavamos ficando. É claro que eu gostava bastante dele, mas não queria forçar as coisas e pedi-lo em namoro, seria mais romântico se ele me pedisse, certo?
Então deixei que o tempo decidice quando era o momento em que ele se sentiria seguro para tal coisa.
Combinamos de nos encontrar para passear um pouco, eu estava com a mochila de roupas, pois iríamos passar a virada de ano na casa de sua tia.
Deixamos as malas nos guarda-volumes da estação de metro e fomos passear um pouco.
Em um momento ele me abraçou e começamos a conversar.
Achei o momento bem mágico, conversamos sobre muitas coisas. E no meio de toda essa conversa tivemos um momento de silêncio.
Foi então que ele me olhou nos olhos e sorridente me perguntou:"-Você quer namorar comigo?".
Não tive reação por alguns segundos, não podia acreditar no que estava acontecendo.
E depois de processar toda a informação respondi que sim.
Ele ao ver a minha reação me perguntou o que havia acontecido. E eu disse que não acreditava que estava me pedindo em namoro. Mesmo por que os antigos namorados demoravam como 3 meses para pensarem em pedir.
Começamos a namorar oficialmente. Fiquei muito feliz.
Nesse meio tempo descobri que ele é o amor da minha vida e que espero poder caminhar ao seu lado por muito tempo.
O tempo passou e resolvemos ter uma filhinha. Não pensamos em nos casar, mesmo por que as famílias estavam muito longe para fazermos festas ou coisa parecida. Deixamos as coisas assim.
Engravidei e resolvemos ter o bebê no Japão, por muito motivos.
Contamos as nossas famílias, que ficaram surpresas e contentes.
Decidimos nos casar um mês antes da bebê nascer, por motivos de papéis que tinhamos que preencher. Foi um casamento simples, mas não me importava. Estava muito feliz.
A bebê nasceu e juntamos as famílias no Japão, país de nossos antepassados.
Viva cada momento de sua vida. Acredite no seu coração, pois ele sabe o que deve ser feito e o caminho que você deve seguir, por mais difícil que pareça, se as coisas caminham rápido e sem barreiras, só pode ser o caminho certo.
Coisas do coração
Essa parte é um pouco difícil... mas aqui vamos nós.
Como já coloquei anteriormente eu fui apaixonada por uma pessoa quando tinha uns 8 ou 9 anos.
Lembro que todas as vezes que o via eu ficava com o coração na mão e não sabia o que fazer.
Mas como erámos amigos de infância tudo era um pouco mais fácil, levavamos tudo na brincadeira.
Uma vez estavamos em uma festa e ele estava jogando bola com os amigos. Começaram a falar sobre garotas... até que um dos amigos disse:"-Eu sei que você gosta da **** (uma amiga da escola, acho), mas não sei se ela gosta de você."
Ele ficou um pouco sem jeito, mas disse que não importava se ela gostava ou não dele... nesse mometo até achei que ele fez isso para que eu soubesse que ele não gostava de mim... Fiquei um pouco triste, mas não conseguia deixar de gostar dele.
Os anos se passaram e sabe a tentativa de colocar outra pessoa no lugar da pessoa amada?? Foi uma tentativa em vão... nada que eu fizesse tirava ele da minha cabeça. Até desejei que meus pais tivesse feito um acordo de que os filhos deveriam se casar para juntar as famílias, essas coisas que aconteciam antigamente e em filmes....
É claro que na vida real não aconteceu...
Lembro até hoje que no meu aniversário de 15 anos eu estava toda bonitinha, porque a minha mãe me vestiu assim.
E ele...bom...ele ficou um tempo na minha festa, mas teve que sair...pois ia em uma festa de aniversário de uma outra menina.
Fiquei arrasada e quando ele estava indo embora eu peguei a camera fotografica e queria uma foto juntos, ou uma foto só dele, não importava.
Mas quando eu ia falar para tirar a foto um tio apareceu... eu fiquei com vergonha... ele foi embora...
Depois disso a festa não fazia mais sentido... implorei para a minha mãe deixar eu trocar de roupa, pois queria correr na rua e esquecer tudo isso. Ela não deixou... foi então que chegou meia noite e eu disse que não era mais meu aniversário e portanto não precisava mais estar bonitinha...
Ela não teve argumentos e eu troquei de roupa e fui correr. Depois desse dia ele viajou para estudar no exterior.
Alguns anos mais se passaram e em uma dessas brincadeiras de escola um garoto me pediu em namoro via papelzinhos de mensagens... eu fiquei sem palavras e ele queria a resposta depois da aula.
Eu aceitei. Essa foi a primeira pessoa que me pediu em namoro.
Mas como eu era ingênua e nunca tinha nem sequer pego na mão de um garoto, eu estava com muita vergonha e não sabia o que fazer.
Ele queria um beijo, isso é fato, mas eu não tinha coragem de beijá-lo.
Tivemos os nossos momentos para isso, mas não sei, não me sentia muito segura... não sei, de repente não acreditava que era a pessoa certa, gostava bastante dele....
Durou umas semanas e terminamos, sem ter dado nenhum beijo e nem nada, acho que ele deve ter ficado bem desapontado...
Todas as meninas sonham com um primeiro beijo romântico com a pessoa que você gosta, sob a luz da lua etc...etc...
O meu beijo não foi bem assim, na verdade eu estava dormindo... e quando abri os olhos me roubaram o beijo... Fiquei um pouco surpresa e também insegura. De certo modo sempre fui insegura... Não sabia beijar, era a primeira pessoa, não tínhamos tanta intimidade e nem nada.
Não sei dizer se foi agradável, mas posso dizer que foi diferente, por que veio de alguém que eu nunca imaginaria.
Depois da experência eu fui conversar com outro amigo, eu gostava dele e queria que soubesse como fiquei revoltada por terem roubado o primeiro beijo e que eu gostava dele.
Mas quando comecei a contar sobre o beijo e a revolta...ele ficou bravo e não sabia por que eu estava contando isso para ele.
Noo momento não entendi essa reação, afinal de contas era um dos meus melhores amigos. E eu ia contar que gostava dele...mas não tive a chance e pouco depois uma outra amiga chegou...
Não tocamos mais no assunto.
Acontece que os anos continuam passando e aprendemos muitas coisas.
Em uma outra oportunidade eu encontrei a minha paixão de infância. Saímos um período juntos, mas ele nunca disse que gostava de mim. No momento em que eu ia embora e não sabíamos se íamos nos encontrar de novo ou não... ele disse:"-Você não quer morar comigo?". Eu fiquei um pouco sem reação.
Tínhamos passado quase 10 meses perto um do outro, mas em nenhum momento ele disse que gostava de mim e agora pergunta se não quero morar com ele???
Então eu perguntei o que iria fazer se morasse com ele. Foi aí que me disse que eu iria cozinhar, lavar, passar.... fiquei um pouco decepcionada... achei que ele sentia a falta de companhia, por morar muito tempo sozinho e queria só uma amiga por perto...
Disse que não poderia morar com ele, a minha carreira estava apenas começando e eu via muito futuro na minha área...
O que eu mais queria quando criança era ficar com ele e com o tempo a minha mentalidade foi trocando e, em teoria, eu fui crescendo.
Imagino o que aconteceria se eu tivesse aceitado seu pedido e tivesse ouvido a voz do meu coração em lugar da razão que me dizia que eu tinha que trabalhar e ser alguém na vida e não somente uma ajudante na casa dele...
Não sei ao certo quais eram a inteções de sua pergunta, mas acredito que se ele tivesse dito algo do tipo:"gosto de você, não quer tentar ver se podemos dar certo juntos?"
De repente eu teria trocado o meu pensamento e aceito o seu convite.... águas passadas...
Mas nada acontece por acaso. Já coloquei ele na parte do meu coração em que está o primeiro amor, o amor mais sincero e bonito que uma pessoa pode ter. Eu continuo gostando muito dele. De uma forma especial.
O tempo passou e uma outra pessoa cruzou o meu caminho.
Nos conhecemos melhor e percebi que essa pessoa é maravilhosa.
Alguém que podemos conversar sobre tudo. Alguém que nós conhece tanto, que com um olhar já sabe o que queremos.
Alguém que nós faz sorrir a qualquer instante e nós traz a realidade quando voamos demasiado.
Alguém que realmente está com você nas horas que você mais precisa.
E foi com esse alguém que eu tive a grande chance de sentir que era o amor da minha vida.
Um amor maduro, um amor adulto.
Uma sensação diferente.
É claro que você muda um pouco a sua vida para ficar com a pessoa, mas você não muda o seu jeito.
A pessoa te aceita do jeito que você é.
Amores passados e amor presente. Sou muito grata a todas as pessoas que passaram pelo meu coração. Vocês moldaram ele, de forma boa ou ruim, vocês quebraram e costuraram muitas vezes... Mas o importante são as lições que ficam e aprendi que as pessoas são diferentes. Cada uma tem uma forma de pensar.
Não temos que aceitar todos os pensamentos, mas devemos saber ouvir e conversar com tranquilidade sobre todas as coisas.
Como já coloquei anteriormente eu fui apaixonada por uma pessoa quando tinha uns 8 ou 9 anos.
Lembro que todas as vezes que o via eu ficava com o coração na mão e não sabia o que fazer.
Mas como erámos amigos de infância tudo era um pouco mais fácil, levavamos tudo na brincadeira.
Uma vez estavamos em uma festa e ele estava jogando bola com os amigos. Começaram a falar sobre garotas... até que um dos amigos disse:"-Eu sei que você gosta da **** (uma amiga da escola, acho), mas não sei se ela gosta de você."
Ele ficou um pouco sem jeito, mas disse que não importava se ela gostava ou não dele... nesse mometo até achei que ele fez isso para que eu soubesse que ele não gostava de mim... Fiquei um pouco triste, mas não conseguia deixar de gostar dele.
Os anos se passaram e sabe a tentativa de colocar outra pessoa no lugar da pessoa amada?? Foi uma tentativa em vão... nada que eu fizesse tirava ele da minha cabeça. Até desejei que meus pais tivesse feito um acordo de que os filhos deveriam se casar para juntar as famílias, essas coisas que aconteciam antigamente e em filmes....
É claro que na vida real não aconteceu...
Lembro até hoje que no meu aniversário de 15 anos eu estava toda bonitinha, porque a minha mãe me vestiu assim.
E ele...bom...ele ficou um tempo na minha festa, mas teve que sair...pois ia em uma festa de aniversário de uma outra menina.
Fiquei arrasada e quando ele estava indo embora eu peguei a camera fotografica e queria uma foto juntos, ou uma foto só dele, não importava.
Mas quando eu ia falar para tirar a foto um tio apareceu... eu fiquei com vergonha... ele foi embora...
Depois disso a festa não fazia mais sentido... implorei para a minha mãe deixar eu trocar de roupa, pois queria correr na rua e esquecer tudo isso. Ela não deixou... foi então que chegou meia noite e eu disse que não era mais meu aniversário e portanto não precisava mais estar bonitinha...
Ela não teve argumentos e eu troquei de roupa e fui correr. Depois desse dia ele viajou para estudar no exterior.
Alguns anos mais se passaram e em uma dessas brincadeiras de escola um garoto me pediu em namoro via papelzinhos de mensagens... eu fiquei sem palavras e ele queria a resposta depois da aula.
Eu aceitei. Essa foi a primeira pessoa que me pediu em namoro.
Mas como eu era ingênua e nunca tinha nem sequer pego na mão de um garoto, eu estava com muita vergonha e não sabia o que fazer.
Ele queria um beijo, isso é fato, mas eu não tinha coragem de beijá-lo.
Tivemos os nossos momentos para isso, mas não sei, não me sentia muito segura... não sei, de repente não acreditava que era a pessoa certa, gostava bastante dele....
Durou umas semanas e terminamos, sem ter dado nenhum beijo e nem nada, acho que ele deve ter ficado bem desapontado...
Todas as meninas sonham com um primeiro beijo romântico com a pessoa que você gosta, sob a luz da lua etc...etc...
O meu beijo não foi bem assim, na verdade eu estava dormindo... e quando abri os olhos me roubaram o beijo... Fiquei um pouco surpresa e também insegura. De certo modo sempre fui insegura... Não sabia beijar, era a primeira pessoa, não tínhamos tanta intimidade e nem nada.
Não sei dizer se foi agradável, mas posso dizer que foi diferente, por que veio de alguém que eu nunca imaginaria.
Depois da experência eu fui conversar com outro amigo, eu gostava dele e queria que soubesse como fiquei revoltada por terem roubado o primeiro beijo e que eu gostava dele.
Mas quando comecei a contar sobre o beijo e a revolta...ele ficou bravo e não sabia por que eu estava contando isso para ele.
Noo momento não entendi essa reação, afinal de contas era um dos meus melhores amigos. E eu ia contar que gostava dele...mas não tive a chance e pouco depois uma outra amiga chegou...
Não tocamos mais no assunto.
Acontece que os anos continuam passando e aprendemos muitas coisas.
Em uma outra oportunidade eu encontrei a minha paixão de infância. Saímos um período juntos, mas ele nunca disse que gostava de mim. No momento em que eu ia embora e não sabíamos se íamos nos encontrar de novo ou não... ele disse:"-Você não quer morar comigo?". Eu fiquei um pouco sem reação.
Tínhamos passado quase 10 meses perto um do outro, mas em nenhum momento ele disse que gostava de mim e agora pergunta se não quero morar com ele???
Então eu perguntei o que iria fazer se morasse com ele. Foi aí que me disse que eu iria cozinhar, lavar, passar.... fiquei um pouco decepcionada... achei que ele sentia a falta de companhia, por morar muito tempo sozinho e queria só uma amiga por perto...
Disse que não poderia morar com ele, a minha carreira estava apenas começando e eu via muito futuro na minha área...
O que eu mais queria quando criança era ficar com ele e com o tempo a minha mentalidade foi trocando e, em teoria, eu fui crescendo.
Imagino o que aconteceria se eu tivesse aceitado seu pedido e tivesse ouvido a voz do meu coração em lugar da razão que me dizia que eu tinha que trabalhar e ser alguém na vida e não somente uma ajudante na casa dele...
Não sei ao certo quais eram a inteções de sua pergunta, mas acredito que se ele tivesse dito algo do tipo:"gosto de você, não quer tentar ver se podemos dar certo juntos?"
De repente eu teria trocado o meu pensamento e aceito o seu convite.... águas passadas...
Mas nada acontece por acaso. Já coloquei ele na parte do meu coração em que está o primeiro amor, o amor mais sincero e bonito que uma pessoa pode ter. Eu continuo gostando muito dele. De uma forma especial.
O tempo passou e uma outra pessoa cruzou o meu caminho.
Nos conhecemos melhor e percebi que essa pessoa é maravilhosa.
Alguém que podemos conversar sobre tudo. Alguém que nós conhece tanto, que com um olhar já sabe o que queremos.
Alguém que nós faz sorrir a qualquer instante e nós traz a realidade quando voamos demasiado.
Alguém que realmente está com você nas horas que você mais precisa.
E foi com esse alguém que eu tive a grande chance de sentir que era o amor da minha vida.
Um amor maduro, um amor adulto.
Uma sensação diferente.
É claro que você muda um pouco a sua vida para ficar com a pessoa, mas você não muda o seu jeito.
A pessoa te aceita do jeito que você é.
Amores passados e amor presente. Sou muito grata a todas as pessoas que passaram pelo meu coração. Vocês moldaram ele, de forma boa ou ruim, vocês quebraram e costuraram muitas vezes... Mas o importante são as lições que ficam e aprendi que as pessoas são diferentes. Cada uma tem uma forma de pensar.
Não temos que aceitar todos os pensamentos, mas devemos saber ouvir e conversar com tranquilidade sobre todas as coisas.
Escola
Bom... nao me orgulho muito de minha fase no primeiro e segundo grau.
Principalmente por não ter sido uma boa aluna em nenhum desses momentos...
Eu me distraía muito fácil e não via muito interesse em estudar.
Acho que queria ser algo diferente.
Gostava de desenhar e fazer origami (dobraduras de papel).
Na primária eu ia mal em praticamente tudo.
Os meus pais brigavam comigo e me comparavam com os meus irmão. Acredito que inconscientemente todos os pais fazem isso.
Como eu não era uma pessoa muito competitiva não me esforçava muito para ganhar deles... na verdade até ficava contente que eles eram super inteligentes. Tinha orgulho deles de alguma forma.
Achei o máximo quando a minha irmã foi escolhida como uma das crianças que eram superdotadas e foi fazer um curso separado. Eles apresentaram uma peça de teatro.
Lembro de ter adorado a peça e rido bastante.
Boas épocas e memórias.
Eu era boa em educação artística... mas é claro que em outras matérias era incompreendida.
Mostrava um pouco de ¨dom¨ em redação, não que escrevesse muito bem, mas tinha bastante imaginação para escrever alguma coisa.
Quando entrei no segundo grau eu mudei de escola e de lugar.
As notas não subiam... mas fiz novas amizades.
Nunca fui de me abrir totalmente para alguém, pois tinha medo de não ser aceita pelas pessoas.
De alguma forma me achava inferior a todas as pessoas que me rodeavam....
No último ano de colégio fiz o cursinho junto. Conheci mais pessoas, mas também não dava muita importância.
É claro que no começo eu até tentei acompanhar tudo. Fiz alguns simulados e fui razoávelmente bem, mas com o passar do tempo comecei a me desmotivar e já não me esforçava tanto.
Os professores eram bons, mas eu me sentia um pouco perdida.
Prestei o vestibular no final do ano e, pasmem, fui aprovada em duas faculdades.
Uma na área de hotelaria, que era uma área nova na época, e una na área de marketing. Eu estava indecisa em que carreira seguir.
Mas tomei uma decisão bem simples. Como o curso de hotelaria tinha em seu curriculo a área de marketing e várias outras. Eu optei em fazer hotelaria.
Assim quando estudasse a área de marketing e sentisse que era essa carreira que eu queria seguir, poderia fazer uma pós graduação e me especializar.
Os anos que passei na faculdade foram incríveis, no começo não tanto, pois eu reprovei um ano, ainda estava na fase de não saber o que fazer da vida.
Mas quando essa fase passa você começa a se esforçar e seguir um objetivo, uma meta.
Tive dois amigos que eram inseparáveis. Tudo que era da faculdade fazíamos juntos e o melhor era que em todas as aulas um dos professores sempre tinham mais afinidade com um de nós.
Os anos que passei nas escolas e na faculdade foram momentos de muita aprendizagem.
Não digo isso somente pelo que esinam as escolas, mas pela amizades e momentos que você passa.
Durante esse tempo todo eu ri e chorei várias vezes, por inúmeros motivos.
Mas sempre tiva alguém em quem apoiar e que me fazia sorrir.
Obrigada a todos os meus amigos e a todas as pessoas que estudaram comigo. Vocês mudaram a minha vida de alguma forma.
Principalmente por não ter sido uma boa aluna em nenhum desses momentos...
Eu me distraía muito fácil e não via muito interesse em estudar.
Acho que queria ser algo diferente.
Gostava de desenhar e fazer origami (dobraduras de papel).
Na primária eu ia mal em praticamente tudo.
Os meus pais brigavam comigo e me comparavam com os meus irmão. Acredito que inconscientemente todos os pais fazem isso.
Como eu não era uma pessoa muito competitiva não me esforçava muito para ganhar deles... na verdade até ficava contente que eles eram super inteligentes. Tinha orgulho deles de alguma forma.
Achei o máximo quando a minha irmã foi escolhida como uma das crianças que eram superdotadas e foi fazer um curso separado. Eles apresentaram uma peça de teatro.
Lembro de ter adorado a peça e rido bastante.
Boas épocas e memórias.
Eu era boa em educação artística... mas é claro que em outras matérias era incompreendida.
Mostrava um pouco de ¨dom¨ em redação, não que escrevesse muito bem, mas tinha bastante imaginação para escrever alguma coisa.
Quando entrei no segundo grau eu mudei de escola e de lugar.
As notas não subiam... mas fiz novas amizades.
Nunca fui de me abrir totalmente para alguém, pois tinha medo de não ser aceita pelas pessoas.
De alguma forma me achava inferior a todas as pessoas que me rodeavam....
No último ano de colégio fiz o cursinho junto. Conheci mais pessoas, mas também não dava muita importância.
É claro que no começo eu até tentei acompanhar tudo. Fiz alguns simulados e fui razoávelmente bem, mas com o passar do tempo comecei a me desmotivar e já não me esforçava tanto.
Os professores eram bons, mas eu me sentia um pouco perdida.
Prestei o vestibular no final do ano e, pasmem, fui aprovada em duas faculdades.
Uma na área de hotelaria, que era uma área nova na época, e una na área de marketing. Eu estava indecisa em que carreira seguir.
Mas tomei uma decisão bem simples. Como o curso de hotelaria tinha em seu curriculo a área de marketing e várias outras. Eu optei em fazer hotelaria.
Assim quando estudasse a área de marketing e sentisse que era essa carreira que eu queria seguir, poderia fazer uma pós graduação e me especializar.
Os anos que passei na faculdade foram incríveis, no começo não tanto, pois eu reprovei um ano, ainda estava na fase de não saber o que fazer da vida.
Mas quando essa fase passa você começa a se esforçar e seguir um objetivo, uma meta.
Tive dois amigos que eram inseparáveis. Tudo que era da faculdade fazíamos juntos e o melhor era que em todas as aulas um dos professores sempre tinham mais afinidade com um de nós.
Os anos que passei nas escolas e na faculdade foram momentos de muita aprendizagem.
Não digo isso somente pelo que esinam as escolas, mas pela amizades e momentos que você passa.
Durante esse tempo todo eu ri e chorei várias vezes, por inúmeros motivos.
Mas sempre tiva alguém em quem apoiar e que me fazia sorrir.
Obrigada a todos os meus amigos e a todas as pessoas que estudaram comigo. Vocês mudaram a minha vida de alguma forma.
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